Animação Gráfica, Modelagem e Multimídia
Falar de tecnologia, hoje em dia, é quase como falar de terra, água, fogo e ar. É como se fosse um quinto elemento. Faz parte do nosso cotidiano, a tal ponto que até os bebês já a compreendem, a seu modo, a manipulam e se viciam em seus produtos quase que instantaneamente. Neste sentido, a cultura humana toma novos rumos. Um bom exemplo, a história dos
games.

Em 1950, alguns cientistas da computação começaram a criar simuladores e testes comportamentais unindo animação gráfica e interatividade em aplicações únicas. Com o avanço desta prática surgiram os
games e desde então somos crianças diferentes.
Os
games puseram em cheque os demais entretenimentos. Presa ao jogo, a criança se sente liberta, de certa maneira, pois no ambiente virtual, ela pode ir além, fazer coisas que de outra maneira seriam impossíveis. São desafios virtuais com gratificações virtuais , por isso se torna divertido na medida em que sua mente mergulha neste universo de ilusão e fantasia.
A educação tecnológica, por sua vez, avança a passos largos por seus próprios meios. A cada dia, mais e mais tutoriais são publicados, cursos e mais cursos veiculados, uma espécie de era do "só não sabe quem não quer". E construir um
game, outrora sonho de milhares de jovens, tornou-se uma tarefa simples. Graças ao aumento da nossa capacidade de armazenamento de dados, está praticamente tudo pronto. As bibliotecas de classes estão cada vez maiores e mais dinâmicas, pouquíssimos
scripts precisam ser criados do zero. E assim caminha a humanidade.
Quando eu era criança eu também ficava sonhando em construir o meu próprio
game. Na época, década de 80, isso ainda era uma utopia no Brasil. Eu só conhecia o Atari, nem imaginava onde chegaríamos e nem que seria assim tão rápido. Hoje, como arte-educador, creio que seja importante entender mais sobre o assunto, para ajudar as crianças a encontrar um ponto de equilíbrio, para que aprendam a usar a tecnologia com moderação e segurança. É importante que se interessem por outras atividades, não que sejam obrigadas a fazê-las, mas que de fato se interessem.
Eu sou formado em Desenvolvimento de Sistemas desde 2013, comecei programando em C Sharp, na faculdade, e mais a frente passei a programar em Python. No entanto nunca havia experimentado construir uma aplicação do tipo
game. Por estes dias andei estudando sobre o assunto na web, e descobri uma infinidade de recursos.
Através da plataforma EAD Allan Brito, fiz o curso
Unity 3D Básico. O
Unity 3D é um software que facilita a criação jogos e aplicações interativas para Web, Desktop, iOS, Android e até mesmo consoles como PS3, XBOX 360 e Wii. Neste curso de
Allan Brito, o educando aprende a trabalhar com os aspectos primordiais do Unity 3D: interface, organização de projetos, primitivas geométricas, importação de modelos 3d, texturas, luzes, controles e exportação projetos.
A qualidade do curso é excelente, mas para rodar o software Unity 3D é necessário um bom equipamento, pois as aplicações podem se tornar muito pesadas na medida em que se avança no desenvolvimento. Por isso eu experimentei outras ferramentas e posso recomendar o
Construct (Classic, 1 ou 2), para quem quer dar um primeiro passo mas não sabe por onde começar.
O Construct é semelhante aos demais editores como o Unity 3D, por exemplo, com menos recursos, no entanto. Os próprios desenvolvedores do software disponibilizam em seu site -
www.construct.net - todo o material necessário para aprender a operá-lo. Com esta ferramenta é possível começar a criar
games imediatamente.
Para testar um pouco do que aprendi estudando, desenvolvi, utilizando o Construct 2, um pequeno jogo de plataforma, para o meu sobrinho de apenas um ano e meio de idade. O
game é muito básico, mas serve como exemplo do que é possível fazer hoje em dia, em pouco tempo e com poucos recursos. Para jogar, visite o
meu perfil na itch.io ou utilize o link abaixo.