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sábado, 4 de junho de 2022

Núcleo de Apoio Neuropsicopedagógico

 NANPp E. E. Zenon Cleantes Moura

Recentemente, por meio de uma parceria estabelecida entre o Coletivo Novo Paraíso <https://www.instagram.com/coletivonovoparaiso/> e a Escola Estadual "Zenon Cleantes Moura", iniciamos a implantação de um Núcleo de Apoio Neuropsicopedagógico (NANPp), trabalho voluntário, incluído como ação complementar do MMR – Método de Melhoria de Resultados da instituição.

A missão consiste em apoiar o corpo docente na construção de uma escola cada vez mais inclusiva, em alinhamento com a Política Estadual de Educação Especial (PEE-SP). O processo de implantação começou cm a liberação da sala para instalação do laboratório que também funciona como setting terapêutico para as sessões de neuropsicopedagogia com os educandos. Vale comentar que a sala foi toda preparada (pintada e reestruturada) com apoio dos próprios estudantes (Grêmio Estudantil <https://www.instagram.com/gr.uniaoestudantil_z/>) dada a importância do projeto para a escola como um todo.

Parte do programa de implantação do NANPp trata da formação continuada dos educadores quanto às possibilidades de aplicação prática de uma pedagogia inclusiva e disruptiva. 

Mais sobre a metodologia de trabalho em <https://maestrocantaluz.blogspot.com/2022/01/neuropsicopedagogia-e-musicoterapia.html>. Mais sobre o NANPp na escola Zenon, confira na matéria publicada pela Regional de Ensino de Santos-SP <https://desantos.educacao.sp.gov.br/escola-zenon-de-cubatao-realiza-parceria-para-atendimento-voluntario-de-neuropsicopedagogia-musicoterapia-e-alfabetizacao-de-alunos/>.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2022

Neuropsicopedagogia e Musicoterapia Aplicada

Atendimento Clínico Especializado

A OCABS Organização Cultural e Artística da Baixada Santista <https://ocabs.odoo.com/> oferece Serviço de Atendimento Clínico Especializado em Neuropsicopedagogia e sessões de Musicoterapia Aplicada para todas as idades, salvo algumas poucas exceções.


Com foco no desenvolvimento da capacidade de aprendizagem do paciente, as sessões, com duração média de 45 minutos cada, são recomendadas e realizadas a partir da análise da entrevista de anamnese (instrumento técnico utilizado para avaliar o paciente-aprendente) aplicada no primeiro atendimento.

Cada paciente é avaliado de acordo com as queixas principais; o serviço atende tanto para a Educação Normal quanto para a Especial e Inclusiva.

Importa saber que uma avaliação, quando requerido(s) teste(s) clínico(s), pode durar mais de uma sessão. Contudo, encaminhamentos e pedidos de intervenção são acompanhados de Parecer Técnico e Matriz Diagnóstica que orientam a quantidade de sessões necessárias para cada paciente.

Neuropsicopedagogia

A Neuropsicopedagogia é uma ciência transdisciplinar, que tem por missão compreender as funções cerebrais para melhor compreensão do processo de aprendizagem, com intuito de aprender como cada um aprende, ou seja, entender a forma como o cérebro se processa nos processos cognitivos e emocionais do indivíduo, quando clínica, ou do grupo, quando institucional.

Desse modo, a neuropsicopedagogia se caracteriza na área de conhecimento, voltada principalmente para os processos de ensino e aprendizagem, que se compõe na avaliação de indivíduos em defasagem. A saber, esses indivíduos não se desenvolvem fora dos contextos históricos, sociais, culturais, econômicos e educacionais, e o funcionamento do cérebro é justamente uma interação dos impulsos nervosos ao transmitir por meio das sinapses a liberação de substâncias químicas chamadas de neurotransmissores (RAQUEL ARAUJO, 2010, p.149).

Benefícios da Musicoterapia

Segundo a União Brasileira das Associações de Musicoterapia - UBAM:

A Musicoterapia foi incluída em Leis municipais e estaduais das PICS/SUS (Práticas Integrativas Complementares do Sistema Único de Saúde) nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, em 2018 e 2019. Recentemente, o governo do estado do Rio de Janeiro lançou a Lei Nº 8401 de 23 de maio de 2019, a qual cria o programa estadual de incentivo à Musicoterapia como tratamento complementar para pessoas com deficiências, síndromes ou dentro do transtorno do espectro do autismo. (UBAM, 2019)

As sessões de Musicoterapia Aplicada realizadas no espaço terapêutico oferecido pela OCABS são conduzidas através da audição de frequências de solfeggio (de 174 a 963hz)  selecionadas com base na avaliação técnica de cada paciente.

Espaço Terapêutico

OCABS conta com os serviços da Sabra Consultórios, por meio dos quais oferece atendimento particular e personalizado. A SABRA fornece consultórios prontos em edifício de luxo localizado na Av. Conselheiro Nébias, 703, no bairro Boqueirão em Santos-SP, com recepção, segurança, acessibilidade e conforto.

Graças ao inteligente modelo de negócios o investimento é bem atrativo. Para o ano de 2022 o valor da consulta está taxado em 70R$/sessão. Todavia o valor da hora-sessão pode variar para menos de acordo com o pacote de sessões contratado pelo cliente.

Agendamentos para este serviço são feitos exclusivamente pelo Celular/Whatsapp (13) 99697-7244

Profissional Responsável:
Msto. Cris Teodosio
maestrocantaluz@gmail.com

quarta-feira, 10 de novembro de 2021

Contribuições da Educação Musical para os Processos de Socialização no Século 21

Estudo de Caso e Perspectiva Neuropsicopedagógica

EDUCAÇÃO ESPECIAL E INCLUSIVA, NEUROPSICOPEDAGOGIA INSTITUCIONAL E CLÍNICA

CESAR, Cris Teodósio

Santos-SP, 2021.

Páginas: 30; Folhas: 31; 30cm.

Orientador: Geancarlo Almeida Antues

Artigo Científico apresentado para obtenção do título de Especialista em Educação Especial e Inclusiva, Neuropsicopedagogia Institucional e Clínica do curso de Pós-graduação Latu Senso da Instituição de Ensino Superior FSG / ISEED FAVED.

Palavras-Chave: educação especial, educação musical, inclusão, musicoterapia, neuropsicopedagogia.

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Dedicatória

À mestra poetisa Marilena Soneghet, por seus ensinos preciosos, por sua generosidade e amizade, gratidão.

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Agradecimentos

À Sonia Teodósio, amiga e mãe nesta vida, a meus irmãos e irmãs, gratidão. Ao amigo e parceiro de trabalho Fábio Luiz Rodrigues, gratidão. Ao Universo, por conspirar a nosso favor, gratidão.

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Sumário

I. Introdução, 8

  • O Mundo BANI, p. 10
  • Utopia versus Loucura, p. 11
  • Música no Século 21, p. 12

II. Metodologia, p. 13

III. Resultados e Discussões, p. 14

1. Amostras e Provas, p. 14

2. Da Intervenção, p. 16

IV. Notas e Comentários, p. 18

V. Uma Perspectiva Neuropsicopedagógica, p. 20

  • Neurociência e Pedagogia no Século 21, p. 20
  • A Massa Colorida, p. 22
  • Contribuições da Neuropsicopedagogia, p. 24

VI. Conclusão, p. 26

VII. Referências Bibliográficas, p. 29

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Resumo

Com base na documentação bibliográfica revisada e estudo de caso, notas e resultados, o artigo apresenta contribuições da Educação Musical para os processos primário e secundário de socialização no início do século 21, em especial no contexto da Pandemia, considerando o seu uso na Educação Especial e Inclusiva, em uma perspectiva neuropsicopedagógica.

Palavras-chave: educação especial, educação musical, inclusão, música e sociedade, musicoterapia, neuropsicopedagogia.

Abstract: Based on the revised bibliographic documentation and use case, notes and results, the article presents arguments that justify the contributions of Music Education in the primary and secondary processes of socialization in the beginning of the 21st century, especially in the context of the Pandemic, considering its use in Special and Inclusive Education, from the perspective of neuropsychopedagogy.

Key Words: special education, music education, inclusion, music and society, music therapy, neuropsychopedagogy.

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p. 08

I. Introdução

Para Nietzsche:

“[...] sem música a vida seria um erro”^1  (NIETZSCHE, 1888, Sentenças e Setas 33)

Para muitos de nós, no entanto, educadores, maestros, musicistas, instrumentistas, a vida sem música seria simplesmente inimaginável.  A importância dessa linguagem é tamanha que não há no mundo pátria sem hino, exército sem hino, igreja sem hinos e louvores, equipes esportivas sem hino, festas sem música, casamentos sem música etc. 

Evidencia-se a importância da educação musical para os processos de socialização já na Grécia Antiga (Figura 1), onde e quando a música era associada ao divino; e aceita pela sociedade como remédio para o corpo e para a alma. Segundo Platão:

“Primeiro, devemos educar a alma através da música” (PLATÃO, 370 a.C, A República, Livro II 376e)^2.

Nietzsche, no entanto, vai além, e usa o fenômeno da música, senão vejamos, entrada pelos ouvidos para ilustrar a sua tese sobre a existência. Contudo, na história da humanidade, podemos observar a educação musical, desde os primórdios, diretamente relacionada aos processos de socialização.

Um bom exemplo das contribuições da música no processo de socialização primário é a existência das cantigas, parlendas e cirandas que cantamos para as crianças de colo (algumas vezes ainda no ventre), expressões poético-musicais por meio das quais buscamos transmitir nossos valores, nossas tradições e culturas, quer populares, quer religiosas entre outras.

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1) Do original: "Ohne Musik wäre das Leben ein Irrtum", livro Crepúsculo dos Ídolos, Sentenças e Setas 33. Turim, 1888. 
2) PLATÃO, 428 a.C. - 347 a.C. A REPÚBLICA, LIVRO II, 376e. Grécia Antiga, 370 a.C.

p. 09


Figura 1 - Musa Euterpe
Do Original: Euterpe (Muse der lyrischen Dichtung). Pintura de Jakob Emanuel Handmann, datada de 1775, representa a divindade da Música na Grécia Antiga.

(Fonte: Wikimedia Commons <https://commons.wikimedia.org>. Acesso em 08/11/2021)


Por sua vez, no processo de socialização secundário, se, por exemplo, o indivíduo é matriculado em uma escola, ou iniciado em alguma religião, pode vir a ser que o seu educador lhe ensine a cantar um hino, que fale de morrer pela pátria ou de amar a um deus; ideologias que a música o ajudará a decorar, a "guardar no coração", mas que claramente induzem a formação do seu caráter.

A Educação Musical, entretanto, se conduzida de maneira libertária e democrática, oportuniza, acima de tudo, acesso a uma linguagem especial, universal, que possibilita ao indivíduo, por exemplo, expressar o que há por dentro enquanto denuncia o que há por fora.

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p. 10

O Mundo Bani

Recentemente, o mundo passou por grandes mudanças em um curto espaço de tempo. Com a chegada da Globalização, tornou-se volátil, incerto, complexo e ambíguo (VUCA)^3. E antes mesmo que pudéssemos absorver tais mudanças de pensamento e comportamento, o advento da Revolução Digital, especialmente associado à Pandemia (2019 aos dias atuais), marcando fortemente o início do século 21, apresenta-nos um mundo frágil, ansioso, não-linear e incompreensível (BANI)^4. 

De fato, a fragilidade do mundo tornou-se evidente. Haja vista o imensurável estrago testemunhado durante a Pandemia, tragédia sem precedentes, principalmente diante de tanto avanço tecnológico, causada por um simples vírus.

Ansioso, cada vez mais, e agora com medo. Senão vejamos, o ser humano vem usando a tecnologia para acelerar o mundo: veículos, construção civil, produção de armamento militar, reprodução de animais para abate, germinação de sementes, tudo superacelerado não em face da necessidade humana comum, mas sim dos interesses capitalistas.

Neste mundo não-linear e incompreensível precisamos de uma pergunta para além das clássicas “quem sou, de onde vim, para onde vou”; precisamos nos perguntar: o que queremos para a nossa existência?

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3) Do original: Volatility, Uncertainty, Complexity, Ambiguity. Criado na década de 90 pelo U.S Army War College em referência ao mundo pós-Guerra Fria. (CASCIO, J. Facing the Age of Chaos. Institute for the Future. Disponível em <https://medium.com/@cascio/facing-the-age-of-chaos-b00687b1f51d>. 29/04/2020. Acesso em 27/08/2021).
4) Do original: Brittle, Anxious, Nonlinear, Incomprehensible. Termo reputado ao antropólogo Jamais Cascio. Representa evolução natural do mundo VUCA. (CASCIO, J. Facing the Age of Chaos. Institute for the Future. Disponível em <https://medium.com/@cascio/facing-the-age-of-chaos-b00687b1f51d>. 29/04/2020. Acesso em 27/08/2021).

p. 11

Utopia versus Loucura

Imaginemos um mundo em que a todo ser humano seja garantido o direito de experimentar a sua criatividade, a oportunidade de se expressar através da mistura de cores, sons, formas, sabores, ideias. Então seriam exércitos de artistas pelo mundo, poetas, pintores, dançarinos, cantautores e filósofos. Disto, dir-se-ia utópico. E, no entanto, a realidade que se nos envolve em pleno século 21, de crianças e jovens armados e preparados para matar, por exemplo, há de parecer loucura.

De fato, o ser humano ainda precisa de exércitos porque não evoluiu o bastante. Se evoluir ao ponto de não precisar mais de exércitos, a ideia de um jovem segurando uma arma tornar-se-á uma ideia surreal.

Para Foucault:

"entre loucura, civilização e sensibilidade, pois que as atividades do homem na civilização, sendo demasiado artificiais/antinaturais, (e.g. vida de gabinete, leitura demasiada de romances, etc.), constitui esse meio no qual a loucura pode surgir." (FOUCAULT, 2007)
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p. 12

Música no Século 21

A música traz em si o poder da inclusão e, para além, da união entre as pessoas, da amizade e do encantamento. Associada às novas tecnologias, espalha-se velozmente pelo mundo produzindo e reproduzindo emoções, comunicando ideias, socializando-nos. 

Podemos constatar que a música permanece igualmente indispensável para a humanidade e diretamente relacionada aos processos primário e secundário de socialização no século 21 . E para exemplo da importância do seu uso devemos citar o trabalho do musicoterapeuta, que:

"[...]exerce sua atividade no âmbito da saúde, da educação e da assistência social". (UBAM, 2019)

A musicoterapia serve para:

“[...] promover a comunicação, relação, aprendizagem, mobilização, expressão, organização e outros objetivos terapêuticos relevantes, para alcançar necessidades físicas, emocionais, mentais, sociais e cognitivas”. (UBAM, 2019)

Neste sentido, a música possibilita a comunicação verbal e não verbal, fisiológica e psicológica entre os indivíduos que a compartilham, vindo a se tornar uma importante ferramenta no contexto deste conturbado início de século.

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p. 13

II. Metodologia

Trabalho de natureza exploratória. Pesquisa realizada com base no estudo de caso que permitiu observar as contribuições da Educação Musical no processo de socialização secundário dos educandos, com foco na Educação Especial e Inclusiva, a partir do projeto “Música em Santa Cruz dos Navegantes”, realizado em parceria com o Instituto Professor Amaro de Araújo Lima Sobrinho (INPRA) no município de Guarujá-SP, no período de março a maio de 2021.

Contou com público beneficiado pelo projeto sociocultural composto por crianças e adultos, do sexo masculino e feminino, todos de famílias de baixa renda, moradores do bairro Santa Cruz dos Navegantes.

O método adotado foi o hipotético-dedutivo, a partir da formulação de “hipóteses e, pelo processo de inferência dedutiva”, de acordo com Cruz e Ribeiro (2004, p. 50). A técnica de pesquisa, por conseguinte, baseia-se na utilização de documentação indireta, pesquisa bibliográfica e pesquisa documental.

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p. 14

III. Resultados e Discussões

1. Amostras e Provas

Os trechos a seguir foram extraídos dos Relatórios de Campo enviados ao INPRA durante o Projeto “Música em Santa Cruz dos Navegantes”:

Em 05/04/2021

[...] muitos dos que se inscreveram inicialmente não apareceram para ocupar suas vagas. No entanto, com a experiência das primeira aprendências os próprios jovens foram trazendo consigo outros aprendizes [...]

[...] os instrumentos comprados, ao tentarmos afiná-los e colocá-los realmente em uso, apresentam muitos defeitos [...]

[...] alguns jovens trouxeram violões usados, danificados (ótimos violões) que estamos recuperando, reformando.

Sobre o período do “FECHA-TUDO”:

[...] para manter minimamente em dia o atendimento aos aprendizes do projeto, durante esse último período de isolamento obrigatório [...] foram distribuídas bolsas de estudo, com emissão de certificado de conclusão, para o Curso "Iniciação Musical com Instrumentos Caseiros" 40h [...]

Em 26/04/2021

[...] o programa segue, atendendo a comunidade, especialmente promovendo oportunidade de aprendizagem e desenvolvimento pessoal. [...] tenho trabalhado, além do grupo como um todo, com cada qual em particular, buscando compreender as suas necessidades, a maneira como aprende e, especialmente, como a Educação Musical pode ajudá-lo a sentir-se mais feliz e realizado.

Vimos estudando, conforme é sabido, a obra do compositor popular paulistano Walter Franco, falecido a cerca de dois anos, autor de uma das mais importantes discografias da história da música no período da ditadura militar. Contudo os jovens aprendizes têm estudado, para além da teoria e


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p. 15

da prática dos instrumentos, a história da nossa música e do nosso povo, tendo em vista que a música também é uma ferramenta transformadora social.

Em 31/05/2021

No último dia 21/05 apresentamos [...] aos aprendizes, seus convidados e representantes da comunidade o espetáculo digital "ACORDAÍ" em homenagem ao finado compositor Walter Franco, cuja obra fora estudada no decorrer do projeto Música em Santa Cruz dos Navegantes.

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p. 16

2. Da Intervenção

Promovido pelo Instituto Professor Amaro de Araújo Lima Sobrinho (INPRA), o projeto "Música em Santa Cruz dos Navegantes" foi uma iniciativa (Figura 2) comunitária para realização de um curso introdutório de música popular para moradores daquela comunidade, crianças, jovens e adultos, do sexo masculino e feminino, cujas aprendências, de canto coral, violão e violino (ou rabeca) ocorreram de modo semipresencial entre os meses de março a maio de 2021.


Figura 2 - Música em Santa Cruz dos Navegantes
Registro Fotográfico do Espaço de Aprendências
(Fonte: INPRA, 2021)


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p. 17

Recortado de uma revista eletrônica, o trecho a seguir resume as condições de vida na comunidade Santa Cruz dos Navegantes, onde foi realizada a intervenção:

"De um lado, está a poderosa Santos, que de sua longa baía, próximo a Ponta da Praia com os prédios altos e luxuosos [...].

Do outro lado do mar, em menos de dez minutos de balsa, bem próximo a Santos, está a cidade das praias famosas, de águas cristalinas, o Guarujá. É lá, que fica o nosso bairro esquecido, que integra com a Fortaleza de Santo Amaro da Barra Grande definida como Patrimônio Cultural.

O bairro que já foi tema da poesia 'Santa Cruz' em 1995, por Mônica Maestre de Aguiar Rodriguez, hoje se torna apenas promessas de uma vida melhor sem perspectivas. Bairro em que moradores deveriam se sentir privilegiados em estar em contato direto com a praia, garantindo e preservando as moradias e a natureza, hoje, lutam contra esgotos a céu aberto e memórias de uma história vã [...]" (NASCIMENTO; TRUCAT; CRUZADO, 2016)
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p. 18

IV. Notas e Comentários

Foram atendidos cerca de vinte a trinta educandos, dentre os quais citarei três, especificamente, ao notificar as principais contribuições conferidas no decorrer da intervenção. Em respeito à privacidade dos educandos, usaremos os seguintes nomes para identificá-los: 'G', 'A' e 'D':

1. O educando 'G', 20, masculino, demonstrou desde o início muito talento e algum domínio sobre os instrumentos. Logo assumiu uma posição de liderança em relação aos colegas;

2. A educanda 'A', 11, feminino, encantou-se com o violino, dedicando-se muito desde o começo, esforçando-se para participar das aprendências e interagir com os colegas embora excessivamente tímida (consideremos um longo histórico de assédio moral sofrido em ambiente escolar, informado pelos amigos e familiares); 

3. A educanda 'D', 40, PCD, feminino, muito extrovertida, demonstrou muita alegria, e até uma certa euforia durante as aprendências. Sem as pernas, D costuma se arrastar pelo chão, com certa habilidade que desenvolveu ao longo dos anos, e o faz com determinação demonstrando que a sua deficiência não a impede de interagir com a sociedade;

4. O educando 'G' demonstrou ser capaz de se socializar muitíssimo bem através da música, tanto no campo emocional como no profissional. Embora já tivesse muito contato com a música antes do projeto, foi atraído na intenção de se socializar e, ao fim da intervenção, já começava a ministrar aulas particulares de violino em sua casa;

5. A educanda 'A' desenvolveu-se muito durante as aprendências, principalmente no campo emocional. Constatou-se a diminuição da sua timidez, bem como a menina mais alegre e otimista, segundo relatos dos familiares e amigos;

6. A educanda 'D' também já era, de certa forma, musicalizada, ou seja, já tinha algum contato com a música, cantava e tocava um pouco de violão. Claramente participava do grupo com objetivo de se socializar, sentir-se parte do meio, útil;

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p. 19
7. Produto desta intervenção, o trabalho audiovisual intitulado "ACORDAÍ", desenvolvido com os aprendizes (incluindo os educandos 'G', 'A' e 'D' ora apresentados), foi apresentado aos aprendizes, seus familiares e membros da sua comunidade durante o evento de encerramento do projeto, disponível no endereço eletrônico <https://drive.google.com/file/d/13PgldIE8Eq2nIKylDPoVWah7Icvkh1Io/view?usp=sharing>.
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p. 20

V. Uma Perspectiva Neuropsicopedagógica

Neurociência e Pedagogia no Século 21

Para o neurocientista Idan Segev, professor de Neurociência Computacional na Universidade Hebraica de Jerusalém, em Israel, um dos maiores desafios que se apresenta para o Século 21 é:

“(..) entender como os processos neuronais subcelulares e celulares dão origem ao comportamento - movimento, percepção, emoções, memória e criatividade." (SEGEV, 2013)

Neste sentido, buscamos saber sobre como um comportamento é gerado a partir de uma rede neural. Para tanto, vêm se desenvolvendo ciências transdisciplinares, a partir da fusão de ciências fundamentais como Matemática e Física, Medicina e Ciência da Computação. 

“Haverá um tipo muito renascentista de pesquisadores que serão capazes e terão que dominar muitos, muitos campos. Eles terão que dominar teoria, física e matemática, e ciências da computação, eles terão que dominar alguns aspectos de doenças neurológicas e doenças psiquiátricas. Eles terão que dominar a anatomia e a estrutura do circuito do cérebro” (SEGEV, 2013)

Diferentemente do que pensávamos até pouco antes do fim do século 20, que o estudo do cérebro estaria restrito aos biólogos, enfim percebemos que estes saberes são importantes para muitas ciências.

“[...] o aluno, o novo aluno, o estudante de neurociência, terá que estudar todos esses campos. Ele terá que saber um pouco sobre psicologia cognitiva, neurologia, física e engenharia, será um novo tipo de estudante. Não vai ser tão particular e tão limitada como para os pesquisadores do século 20, esta é a pesquisa cerebral do século 21” (SEGEV, 2013)

De fato, a neuroanatomia moderna já nos permite a obtenção do mapa sináptico a nível celular. E pela primeira vez na história, temos a anatomia 3D completa de todo o tecido cerebral, comportando desde o estudo das conexões

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p. 21

estruturais (connectomics^5) e funcionais do cérebro até a simulação computadorizada do funcionamento de um cérebro, como ocorre no caso do “Projeto Cérebro Azul” (do original Blue Brain Project^6) de IBM, EPFL e associados (Figura 3).

Conhecer a fundo as estruturas cerebrais a nível celular pode nos servir para reconstruir uma parte de um cérebro, por exemplo, bem como colaborar para a descoberta da cura para muitas de nossas doenças.


Figura 3 - The Blue Brain Project
(Fonte: Galeria de Imagens EPFL, 2021)


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5) O estudo das conexões estruturais e funcionais do cérebro entre pilhas, que é visualizado como um connectome.
6) Projeto, iniciado em maio de 2005 por IBM, EPFL e ETH Zürich, que objetiva criar uma simulação computacional do cérebro de mamíferos, incluindo o cérebro humano.

p. 22

A Massa Colorida

Em 2007, pesquisadores de Harvard desenvolveram uma técnica genética molecular, que serviu para intervir com os genes, no caso, de um rato. Uma espécie de “milagre da biologia molecular” que nos possibilitou entrar em um genoma para de fato manipulá-lo, redesenhá-lo, a Tecnologia Brainbow^7 utiliza cores para classificar neurônios (Figura 4) e facilitar a visualização dos circuitos sinápticos pelo mapeamento cerebral, permitindo distinguir os neurônios dos seus vizinhos através do uso de proteínas fluorescentes.


Figura 4 - Brainbow Technology
(Fonte: Harvard University Brain Tour, 2021)


A partir destes avanços, tornou-se possível e indispensável estudar o que acontece no cérebro no momento de uma aprendizagem. Caminho pelo qual constatamos que ocorrem mudanças/alterações anatômicas no cérebro quando se aprende, por causa da plasticidade cerebral.

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7) Técnica de marcação de células genéticas onde centenas de tons diferentes podem ser gerados por expressão estocástica e combinatória de algumas proteínas fluorescentes espectralmente distintas. 

p. 23

Segundo Guerra:
“Neuroplasticidade é a propriedade de “fazer e desfazer” conexões entre neurônios. Ela possibilita a reorganização da estrutura do SN e do cérebro e constitui a base biológica da aprendizagem e do esquecimento. Preservamos as sinapses e, portanto, redes neurais relacionadas aos comportamentos essenciais à nossa sobrevivência. Aprendemos o que é significativo e necessário para vivermos bem e esquecemos aquilo que não tem mais relevância para o nosso viver”. (GUERRA, 2011, p.5,6)

Logo, podemos compreender a importância do avanço da Neurociência para a Educação, bem como do surgimento de ciências transdisciplinares, como é o caso da Neuropsicopedagogia.


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p. 24

Contribuições da Neuropsicopedagogia

A Neuropsicopedagogia é uma ciência transdisciplinar que tem por missão compreender as funções cerebrais para melhor compreensão do processo de aprendizagem. Em outras palavras, aprender como se aprende com intuito de ajudar o indivíduo ou o grupo a aprender mais e melhor.

De acordo com a Nota Técnica Nº02/2017 publicada pela Sociedade Brasileira de Neuropsicopedagogia:

“Os estudos mostram que a Neurociência não fornece estratégias de ensino, pois este papel é da Pedagogia, que utiliza os conhecimentos da didática e das metodologias de ensino como suporte para o ensino e aprendizagem. É a Neurociência e a Psicologia Cognitiva que possibilitam compreender a aprendizagem, ressaltando os aspectos desde as questões neurológicas e biológicas, até a cognição. A primeira, por meio de experimentos comportamentais e do uso da ressonância magnética, tomografia, entre outras técnicas, observa as alterações do cérebro durante o desenvolvimento. A segunda refere-se ao estudo do conhecimento investigando aprendizagem, pensamento, raciocínio, formação de conceitos, memória, inteligência. Volta-se para os significados, levando em consideração evidências indiretas para explicitar como os sujeitos percebem, interpretam e utilizam o conhecimento adquirido. O estudo destas áreas fundamenta o neuropsicopedagogo clínico e institucional a compreender o desenvolvimento global do ser humano, bem como suas dificuldades de aprendizagem” (SBNPp, 2017)

O surgimento da Neuropsicopedagogia é resultado do avanço da ciência como um todo. Por séculos a fio as instituições religiosas assumiram a demanda da educação de crianças, adolescentes, jovens e adultos, muitas vezes submetendo o educando, quando na condição de aprendente, a sincretismos e metodologias impregnadas de preconceitos, ignorando a maneira como o indivíduo aprende e quaisquer outras vias que não aquelas preestabelecidas com base nos interesses da instituição, que, por sua vez, representa os interesses de uma sociedade ou classe social específica.

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p. 25

Mesmo o Estado, ao tomar posse dessa demanda, mantém uma grade curricular com base nos interesses daquela sociedade, uma vez que não haja qualquer seta que aponte caminhos factualmente eficazes para o melhoramento do processo de ensino-aprendizagem do ser humano. Todavia os estudos sobre o cérebro avançaram de tal modo que as evidências se fizeram incontestáveis e alguma mudança inevitável.

O caminho é de cima para baixo, senão vejamos, a mudança começa no alto escalão da Neurociência, da Anatomia Moderna e da Neurociência Computacional, por onde discorrem teóricos renomados, influenciando as academias. Com isso, novas ciências, ciências transdisciplinares vão surgindo, e consequentemente novas especializações e cursos de graduação. Não se pode ignorar a importância de descobertas tão significativas. É um caminho sem volta, mais cedo ou mais tarde, novas e modernas tecnologias chegam às salas de aula, chegam aos nossos jovens, adolescentes e crianças, independente das nossas crenças. Os paradigmas vão sendo derrubados, um a um, e naturalmente dão origem a novos paradigmas que se tornam novos desafios. Este é o caminho do neuropsicopedagogo:

De acordo com a Nota Técnica Nº02/2017 publicada pela Sociedade Brasileira de Neuropsicopedagogia:

“A luz da neurociência, a seleção dos estímulos adequados para produzir a aprendizagem, considerando a qualidade deles, poderá determinar a efetividade da aprendizagem do sujeito. A percepção capturada pelo sistema nervoso periférico, levado através de corrente elétrica ao cérebro localizado no sistema nervoso central, desencadeará um processo de reelaboração dos conhecimentos, que até então foram compostos pelo sujeito aprendente”. (SBNPp, 2017)

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p. 26

VI. Conclusão

Em face ao desenvolvimento da ciência, pouco a pouco desmoronam as estruturas do sincretismo, especialmente do religioso. O preconceito dá lugar ao comprobatório. A exemplo disso, analisemos o trecho bíblico citado a seguir, cujo conteúdo remonta parte da história da medicina judaica, senão vejamos:

“23.Et lorsque l`esprit de Dieu était sur Saül, David prenait la harpe et jouait de sa main; Saül respirait alors plus à l`aise et se trouvait soulagé, et le mauvais esprit se retirait de lui." (Bíblia Católica Online. Sam1 16:23)

Tradução (da mesma fonte):

“23.E sempre que o espírito mau de Deus acometia o rei, Davi tomava a harpa e tocava. Saul acalmava-se, sentia-se aliviado e o espírito mau o deixava." (Bíblia Católica Online. Sam1 16:23. Acesso em 07/11/2021, Disponível em: <https://www.bibliacatolica.com.br/biblia-de-jerusalem-vs-biblia-ave-maria/1-samuel/16/>)

Na versão em português, ao ouvir o som da Harpa (tocada por Davi), o Rei Saul ‘acalmava-se, sentia-se aliviado’. No entanto, em francês podemos observar mais detalhes dos sintomas do rei: ‘Saül respirait alors plus à l`aise’ que pode ser entendido por ‘Saul respirou com mais facilidade’.

No texto em Latim, disponibilizado pelo Vaticano, aparece, no mesmo trecho, a palavra ‘refocillabatur’ que pode ser traduzida em português para ‘revigorado’:

“23 Igitur, quandocumque spiritus Dei arripiebat Saul, David tollebat citharam et percutiebat manu sua; et refocillabatur Saul et levius habebat: recedebat enim ab eo spiritus malus.” (Liber Primus Samuelis, Nova Vulgata, Vetus Testamentus. Texto completo disponibilizado pelo Vaticano no endereço: <https://www.vatican.va/archive/bible/nova_vulgata/documents/nova-vulgata_vt_i-samuelis_lt.html#16>. Acesso em: 07/11/21)

Revigorar, neste sentido, significa recobrar saúde, reaver forças, ou, como hoje é sabido, reequilibrar-se.

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Partindo de um ponto de vista hipotético-dedutivo, os sintomas de Saul apresentam um quadro típico do que hoje conhecemos por Síndrome do Pânico. O contexto da sua vida, enquanto rei, em tempos tão remotos, de guerras e de muitas ameaças promove o ambiente estressante ideal para o surgimento do pânico.

Cientificamente denominada Ansiedade Paroxística Episódica, a Síndrome ou Transtorno do Pânico está relacionada com a liberação de adrenalina diante de um falso perigo, fruto da imaginação do indivíduo mediante pensamentos ruins com os quais, naquele momento, não consegue lidar. Um desequilíbrio hormonal que apresenta vários sintomas dentre os quais podemos destacar a aceleração dos batimentos cardíacos e da respiração, seguida de falta de ar, pressão no peito, suor frio, tonturas, formigamento e medo de desfalecer. Por princípio o tratamento:

[...] combina medicamentos antidepressivos e ansiolíticos com psicoterapia e deve ser conduzido por médico psiquiatra; sua duração vai depender da intensidade da doença, podendo variar de meses a anos, sendo que se trata de um problema que pode ser controlado, mas para o qual não existe a cura completa. A psicoterapia objetiva auxiliar o paciente no resgate da autoconfiança necessária ao domínio das crises, através da consciência de si próprio. (Transtorno do Pânico. Biblioteca Virtual em Saúde MS. Disponível em: <https://bvsms.saude.gov.br/transtorno-do-panico/> Acesso em: 07/11/21).

Percebe-se, a partir do relato bíblico a respeito das crises de Saul, que a música ocupa o papel do ansiolítico, bem como Davi ocupa o papel de um psicoterapeuta, ou musicoterapeuta, termo mais apropriado para este caso. E, de fato, o relato bíblico faz parte da história da musicoterapia, assim como textos, saberes e artes advindas das mais variadas religiões e culturas espalhadas pelo mundo. Da intuição ao empirismo percorremos para compreender, agora factualmente, os efeitos da música sobre a psique humana. Logo, pode-se deduzir que as frequências dos arpejos de Davi ajudaram a inibir a produção de adrenalina em excesso durante as crises de Saul.

De uma perspectiva neuropsicopedagógica podemos concluir que são muitas as contribuições da educação musical para os processos de socialização, primário e

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secundário, no contexto deste início do século 21, especialmente com o marco da Pandemia causada pela Covid19. A educação musical pode libertar o ser humano para aprender a se beneficiar da música de muitas maneiras diferentes: trabalhando com música, concentrando-se com música, divertindo-se com música, curando-se, reequilibrando-se, revigorando-se com música etc. E, para tanto, importa garantir o seu direito, total e pleno, à educação musical, como parte da sua formação fundamental, para que possa gozar livremente de todos os seus benefícios.


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VII. Referências Bibliográficas

BARDIN, L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 1979.
BIBLE. Nova Vulgata, Vetus Testamentus: Liber Primus Samuelis 16:23. Texto completo disponível no endereço eletrônico: <https://www.vatican.va> Acesso em: 07/11/21.
BÍBLIA CATÓLICA ONLINE. Sam1 16:23. Disponível no endereço eletrônico: <https://www.bibliacatolica.com.br/>. Acesso em 07/11/202.
BORGES, T. M. M. A criança em idade pré-escolar: desenvolvimento e educação. 3.ed. Revisada e atualizada. Rio de Janeiro, 2003.
BUENO, ROBERTO. Pedagogia da Música-Volume 1. Jundiaí, Keyboard, 2011.
BRASIL. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Brasília, v. 3. Conhecimento de Mundo. MEC/SEF, 1998.
CASCIO, J. Facing the Age of Chaos. Institute for the Future. 2020. Disponível no endereço eletrônico: <https://medium.com/@cascio/facing-the-age-of-chaos-b00687b1f51d> Acesso em 27/08/21.
CRUZ, C; RIBEIRO, U. Metodologia científica: teoria e prática. 2.ed. Rio de Janeiro: Axcel Books, 2004.
FOUCAULT, M. História da Loucura. São Paulo: Editora Perspectiva, 2007.
FREIRE, P. Política e educação. São Paulo: Cortez, 1997.
GUERRA, Leonor Bezerra. O diálogo entre a Neurociência e a Educação: da euforia aos desafios e possibilidades. P. 5,6, 2011. Disponível no endereço eletrônico: <https://www2.icb.ufmg.br/neuroeduca/arquivo/texto_teste.pdf> Acesso em: 30/10/2021.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Transtorno do Pânico.  Biblioteca Virtual em Saúde MS. Disponível em: <https://bvsms.saude.gov.br/transtorno-do-panico/> Acesso em: 07/11/21.
NASCIMENTO, D; TRUCAT, J; CRUZADO, P. 2016. Disponível no endereço eletrônico: <https://medium.com/@jssicatrucat/santa-cruz-dos-navegantes-1353b4a7450> Acesso em 03/10/21.
NIETZSCHE, F. Crepúsculo dos Ídolos. Tradução de Paulo César de Souza. São Paulo: Cia das Letras, 2006.

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PLATÃO – A República - 8° edição; (Introdução, tradução e notas de R. Pereira) Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, 1996.
GRANJA, C. E. S. C. Musicalizando a escola: conhecimento e educação. São Paulo: Escrituras Editora, 2006.
SBNPp - Sociedade Brasileira de Neuropsicopedagogia. Conselho Técnico-Profissional. Nota Técnica 02/2017, p. 3, 2017. Disponível em: <https://www.sbnpp.org.br/arquivos/notas_tecnicas.pdf> Acesso em 03/10/21.
SEGEV, Idaa. Synapses, neurons and brains. #Lesson 1: Brain excitements for the 21st century. Universidade Hebraica de Jerusalém (UHJ). Israel, 2013. 
UBAM - UNIÃO BRASILEIRA DAS ASSOCIAÇÕES DE MUSICOTERAPIA. Justificativa para Projetos de Musicoterapia. UBAM, 2019. Disponível em: <https://ubammusicoterapia.com.br/wp-content/uploads/2019/12/Justificativa-para-Projetos-de-Musicoterapia.pdf> Acesso em 03/10/21.

segunda-feira, 13 de julho de 2020

TDAH

Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade


Reconhecido pela Organização Mundial da Saúde, TDAH é um transtorno muito comum entre crianças e adolescentes no Brasil e no mundo. Em alguns países, como é o caso dos Estados Unidos, portadores de TDAH são protegidos por lei, quanto ao tratamento recebido no ambiente escolar.

Segundo a Associação Brasileira de Déficit de Atenção (ABDA) o TDAH  "ocorre em 3 a 5% das crianças, em várias regiões diferentes do mundo em que já foi pesquisado. Em mais da metade dos casos o transtorno acompanha o indivíduo na vida adulta, embora os sintomas de inquietude sejam mais brandos."

Para quem atua como educador, todavia, o melhor a se fazer, a meu ver, é conhecer o transtorno mais a fundo, quer para ajudar crianças com TDAH em sala de aula, quer para não incorrer no erro de descartar a hipótese por falta de informação, simplesmente.

Tendo em vista a importância do assunto, a Universidade Estadual de Nova Iorque está oferecendo o curso:


O curso é ministrado em parceria com a Universidade em Buffalo, através da plataforma de educação a distância Coursera,  por meio de vídeos, transcrições e leitura obrigatória e indicada, e disponibiliza para download diversas ferramentas para aplicação prática das estratégias estudadas, documentos e modelos fundamentais para ajudar o profissional em campo. Orientar o reconhecimento dos sintomas, o diagnostico com base nas evidências e o tratamento mais adequado são os principais  objetivos. Eu fiz o curso e recomendo para pais e educadores em geral, além do mais, é gratuito.