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segunda-feira, 6 de março de 2023

Cacique Ubiratã Gomes lança livro infantojuvenil bilíngue em Peruíbe

“Urutagwa: o guerreiro que virou pássaro” traz seus textos em Português e Tupi, além de audiolivro e livro virtual


O livro intitulado "Urutagwa: o guerreiro que virou pássaro", escrito por Ubiratã Gomes, com ilustrações de Léa de Camargo Neves, será lançado oficialmente no próximo dia 14 de abril, sexta-feira, a partir das 19 horas, no empório Pão de Maçã, na Avenida Padre Anchieta, n° 4388, bairro Nova Peruíbe, em Peruíbe-SP. A obra relata a luta pela vida de uma aldeia indígena, afetada por uma doença trazida pelo homem branco, sendo a história escrita em Português e Tupi, contando com audiolivro e livro virtual.

O objetivo do Projeto, aprovado pelo ProAC Editais 17/2022, consiste em criar uma obra literária como subsídio a docentes de escolas indígenas, para que tal material possa ser utilizado em salas de aula, trazendo uma realidade mais próxima dos estudantes; dessa forma, 400 exemplares do livro físico serão distribuídos a Escolas Indígenas, Aldeias e Escolas Públicas.

O acesso ao evento de lançamento será restrito aos convidados do autor, da ilustradora e da equipe de produção, devido à capacidade de público do local escolhido; entretanto, a programação principal, uma roda de conversa conduzida pelo autor, será transmitida ao vivo com apoio da TV Mais Litoral e Programa Lucas Bem Te Vi Entrevista; a live será transmitida a todos através do site https://www.urutagwa.com.br/. No site o internauta também pode comprar o livro - autografado pelos autores - e ainda tem acesso às versões audiobook (Audiolivro) e e-book (Livro Digital) da obra literária.
Desde os primórdios da invasão do território brasileiro, muitas doenças foram utilizadas como armas para disseminar vírus contra nossos povos. Diz a belíssima história tradicional do povo Tupi, transcrita pelo líder cacique Ubiratã Gomes, que o canto do Urutagwa é na verdade o grito de dor de um destemido guerreiro Tupi do passado que, por causa do seu luto, pela perda dos seus entes queridos, foi transformado num pássaro pelo Grande Criador do Universo (Nhandedjary). Histórias como esta evidenciam a luta dos povos indígenas contra doenças que não conheciam. Romanceado, bilíngue e ilustrado, o livro apresenta, sob um olhar poético, um pouco da cosmologia e espiritualidade que envolvem e fortalecem a Identidade Étnica do povo Tupi. (Texto extraído da contracapa da obra).
A programação do evento de lançamento começará com a venda dos primeiros exemplares do livro, durante a sessão de autógrafos, cuja receita líquida será revertida em uma doação a duas anciãs que auxiliaram na tradução da obra do Português para o Tupi.

O clímax do evento se dará com uma roda de conversa conduzida pelo autor e os principais participantes do projeto de publicação, com a narrativa ao vivo de trecho da obra na voz da criança Ythainá Dionisio Gomes (Thatá), encerrando com a estreia do audiolivro no canal oficial do livro: https://youtube.com/ @urutagwa.

O encerramento contará, ainda, com uma apresentação artística, por meio da qual os indígenas presentes entoarão alguns cânticos tradicionais.

Publicado pela “Raízes Tupi Produções”, editora do autor, com recursos do Governo do Estado de São Paulo e da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, através de Projeto contemplado pelo ProAC Editais 17/2022 - EDITAL DE APOIO LITERATURA /REALIZAÇÃO E PUBLICAÇÃO DE OBRA INÉDITA DE FICÇÃO NO ESTADO DE SÃO PAULO PRIORITARIAMENTE -, o livro contou com um minucioso projeto de publicação, sob direção executiva da indígena Maísa Gomes, consultoria editorial de Carina de Luca, revisões de Débora Dionísio e produção artística de Cris Teodósio. A versão audiolivro foi gravada na cidade de Santos, no Estúdio El Sonido, com trilha sonora de Sérgio Tück.


O projeto de ilustração, tanto do livro impresso como das versões digitais, é creditado à talentosa Léa de Camargo, que também orientou a identidade visual do site e demais peças para publicação. A ilustradora é professora e artista plástica, formada pela Faculdade de Artes Plásticas de São Paulo (FABASP), além de explorar sua expressão artística através de diferentes materiais e técnicas, principalmente aquarela, acrílica sobre tela, origami e colagem.

Vale ressaltar que o autor da obra, Cacique Ubiratã, é Professor da Rede Pública de Educação do Estado de São Paulo, possui graduação em Formação Intercultural Superior e formação Intercultural do Professor Indígena pela Universidade de São Paulo (2008). Ele já atuou como professor coordenador no Núcleo Pedagógico da Diretoria de Ensino da Região de São Vicente, onde foi responsável pelo planejamento pedagógico das escolas indígenas de São Vicente a Peruíbe. Atualmente, Cacique Ubiratã é mestrando em educação pela Universidade Católica de Santos, com ênfase em Educação escolar indígena e Historiografia. É também integrante do Núcleo de Educação Indígena do Estado de São Paulo e do Fórum de Articulação dos Professores Indígenas do Estado de São Paulo (Fapisp). Ubiratã Gomes se destaca pela luta em prol dos direitos dos povos indígenas do Brasil.

Texto base: Lucas Galante
Reconstrução: Elaine Marques dos Santos
Revisão Final: Cris Teodósio

Foto 1 (Cacique Ubiratã): Rodrigo Pertesson
Foto 2 (Thatá): Eduarda Alcântara
Foto 3: (Lea de Camargo Neves): Lucas Galante

segunda-feira, 14 de junho de 2021

Não Matarás

A 7ª Arte

Desde criança eu sempre sonhei em fazer filmes. Creio que muitas crianças sentem esse desejo pelo mentos uma vez na infância. Eu todavia permaneci sonhando até a maturidade. Hoje, aos 44 anos, meu primeiro curta metragem, feito apenas com um texto, uma entrevista e duas cenas de cinco minutos gravadas com um aparelho smartphone comum, orquestrado pelo parceiro de profissão Luan Campbell, e produzido no Estúdio El Sonido, em Santos, já está online, e inscrito no 12º CINEFANTASY, o Festival Internacional de Cinema Fantástico, na categoria 'Amador'. 

Uma ficção baseada em histórias verídicas que denuncia o nosso egoísmo enquanto seres humanos em sociedade, tendo como exemplo a Fome, que mata milhares de pessoas por ano e que, no entanto, nunca fora combatida com o afinco, dedicação e velocidade com que estamos combatendo ao COVID19.

O filme está disponível no Canal Oficial do Estúdio El Sonido no YouTube, aprecie, curta, compartilhe: https://youtu.be/XWrM9r3_Jh0

Sinopse

Em tempos de pandemia, uma reflexão importante. A Fome mata mais que o Covid19, se fizéssemos os esforços que temos feito para acabar com a Pandemia, não poderíamos acabar com a Fome? 

Ficha Técnica

Áudio e Imagem: Estúdio El Sonido

Edição Geral: Cris Teo

Orquestração: Fulano Pereira

Produção Executiva: Fábio Rodrigues

Participação: Dona Dalva Amélia Teodósio

Narração: Cris Teo

Vozes: Dalva, Sonia e Sandra Teodósio

Texto: Cris Teo

quinta-feira, 10 de setembro de 2020

Cienema Africano no Sesc Digital

Maravilhas do Universo Afro

Da África para o resto do mundo: a Sétima Arte.  A história do Cinema Africano começa bem antes de Tarzan, extraído do gracioso e sofisticado romance do escritor norte-americano Edgar Rice Burroughs. No entanto a versão cinematográfica deste clássico, segundo a crítica, não reflete o personagem original da obra, e ainda cria estereótipos ruins. Mesmo assim, o sucesso foi tanto, que até hoje muita gente imagina a África do século XXI associada a imagens do período Colonial. 

Suas terras, suas mulheres, homens e crianças, sua luz, a beleza africana é, desde sempre, naturalmente cinematográfica, não há como negar. Também a pobreza extrema em certas partes do continente africano, as causas, tudo relacionado à África parece perfeito para o Cinema. E assim continua cada vez mais vivo o Cinema Africano! Por isso eu quero compartilhar uma ótima notícia para os apreciadores desta arte e da cultura afro, em especial. Começa hoje (10/09/2020) o Cine África no Sesc Digital. Uma mostra de produções cinematográficas africanas, programa riquíssimo, super-recomendo.

Frontières

Entre os títulos exibidos, Fronteiras (título original: Frontières), de Apoline Traoré, que aliás já está liberado, link no fim deste artigo! O filme de Traoré promete emocionar o publico desde as primeiras cenas, vale conferir.

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Serviço: 

'Entre os meses de setembro e novembro, a Mostra de Cinemas Africanos apresenta a nova edição do Cine África, com vários títulos de ficção e documentários, alguns inéditos no Brasil. O projeto online e gratuito traz 12 sessões (dez longas e dois programas de curtas) – todos legendados em português – com filmes de destaque de Burkina Faso, Camarões, Egito, Etiópia, Nigéria, Quênia, Senegal e Sudão. Todas as quintas, a partir do dia 10 de setembro, a mostra estreia um filme novo, que ficará disponível por uma semana na plataforma, acompanhado de uma entrevista exclusiva com seu diretor ou diretora. As exibições gratuitas são realizadas na plataforma Sesc Digital. O Cine África é uma realização do Sesc São Paulo.' Acesse: https://sesc.digital/colecao/53135


domingo, 23 de agosto de 2020

Chet Baker - A Lenda do Jazz

Título original: "Born to be Blue". Um filme sensacional. Dirigido por Robert Budreau, a obra canadense resume parte da vida do jazzista Chet Baker (1929-1988), um dos maiores trompetistas da sua geração. O elenco conta com Ethan Hawke, interpretando Chet Baker, e Carmen Ejogo, interpretando ora Jane, ora Elaine, representando as musas inspiradoras do musicista.

Além de trompetista, Chet Baker era vocalista, dono de uma voz singular, muito especial. Quem conhece um pouco da sua obra sabe que, ao ouvi-lo cantar, é comum sentir arrepios de emoção. Logo, a trilha sonora por Randy Edelman não podia ser melhor, tornando o filme, para além de interessante, encantador e comovente.

Meus heróis morreram de overdose...


O verso (Meus heróis morreram de overdose...), do compositor brasileiro, Cazuza ilustra bem o sentimento dos fãs de Chet Baker. Na verdade sua morte foi misteriosa, aos 58 anos, quando caiu de uma janela do Hotel Prins Hendrik, na madrugada de 13 de maio de 1988, mas a  tragédia principal da sua vida parece ter sido mesmo a sua dependência de heroína, que foi o que mais atrapalhou a sua carreira, levando o musicista muitas vezes à ruína. 
O drama se passa em torno da necessidade que Chet Baker sente de fazer sucesso, de vender discos, de viver da sua obra e, consequentemente, dar orgulho aos seus pais e pouquíssimos amigos. Para Chet é trompete ou nada. No decorrer da história, ressalta-se uma cena: Chet leva uma surra e perde os dentes todos. Com isso, voltar a tocar, e tão bem quanto antes, torna-se primeiro um desafio, depois uma obstinação. O filme em si é uma mistura de documentário com ficção, especialmente focado na história do Jazz, por isso vale muito para quem aprecia, estuda  ou vive de Jazz.
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Disponível em <https://youtu.be/oNy45VXvY4Y> até a data desta publicação.

Drama, Canadá, 2015, 97 min

Direção: Robert Budreau
Roteiro: Robert Budreau
Música composta por: Randy Edelman

quinta-feira, 6 de agosto de 2020

A Educação Proibida

Título original "La Educación Prohibida" Argentina, 2012, 115m. Um documentário genial, dirigido por Germán Doin. Para além da necessidade de melhorar a escola, o roteiro de Doin, Verónica Guzzo, Julieta Canicoba e Juan Vautista propõe uma reflexão sobre a necessidade de desescolarizar a escola. O projeto envolve estudantes e educadores de oito países diferentes, cuja experiência com pedagogias alternativas permite ao espectador uma visão plurilateral da problemática. 

O amor é vital para a aprendizagem...


O filme se passa em torno de um caso de uso específico. Trata-se de um aluno do ensino médio que apresenta ao seu professor uma redação em que critica aberta e livremente a pedagogia aplicada em sua escola, falando sobre uma sociedade controlada pelo medo e, especialmente, sobre o direito à liberdade de expressão. O manifesto é censurado pela direção da escola e assim se dá o conflito. Entre uma e outra cena vão se misturando entrevistas, casos que sutilmente ajudam a ilustrar e a compreender melhor o tema proposto. 

A obra foi financiada coletivamente, contou com centenas de co-produtores, tem licença livre para reprodução e copiagem. Seja você educador ou estudante, vale assistir.
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Disponível em <https://youtu.be/NMZrM3Y9ZOE> até a data desta publicação.


Documentário, Argentina, 2012, 115 min

Direção: Germán Doin
Roteiro: Germán Doin, Verónica Guzzo, Julieta Canicoba e Juan Vautista
Fotografia: Sandra Grossi
Montagem: Germán Doin e Verónica Guzzo
Produção: Daiana Gomez, Verónica Guzzo, Franco Iacomella e Cintia Paz

sexta-feira, 19 de junho de 2020

A Música e o Silêncio

"A Música e o Silêncio" ou "Além do Silêncio"- título original "Jenseits der Stille" - é um premiado longa-metragem alemão produzido em 1996, dirigido pela cineasta Caroline Link. O filme conta a história de Lara, desde a infância até a juventude, interpretada pelas atrizes Tatjana Trieb e Sylvie Testudfilha, respectivamente. A personagem é filha de um casal deficiente auditivo, Kai e Martin (Emmanuelle Laborit e Howie Seago), com quem ela se comunica apenas com linguagem de sinais. Ainda jovem, recebe da tia paterna, Clarisse, um clarinete de presente e logo desenvolve o dom de tocá-lo e o amor pela música, sem saber que, com isso, está prestes a desenterrar um trauma de infância de seu pai.

Um conflito emocionante...


O drama se passa numa cidadezinha ao sul da Alemanha e se desenvolve com base no conflito entre dois mundos muito diferentes. A deficiência dos pais parece impedi-los de compreender algumas das escolhas de Lara ao longo de sua vida, representada através de cenas encantadoras, algumas chocantes, outras simplesmente geniais. Uma bela fotografia e, certamente, uma trilha sonora impecável. Mistério, suspense, romance, comédia, música e psicologia, uma mistura de gêneros que sutilmente manipula os sentimentos do espectador. Entre os prêmios recebidos estão, o de melhor filme alemão de 1997 e, claro, melhor trilha do mesmo ano. Também foi indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro em 1998. Trata-se de uma obra de muito bom gosto, vale conferir.
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Disponível em <https://youtu.be/GPs-weIveEQ> até a data desta publicação.


Drama, Canadá, 1996, 108 min

Direção: Caroline Link
Roteiro: Robert Budreau
Elenco: Tatjana Trieb, Sylvie Testudfilha, Emmanuelle Laborit e Howie Seago
Música composta por: Niki Reiser